Andrés Sanchez estava sentado com as pernas cruzadas, sereno, diante da concentração do Corinthians na manhã deste domingo. Vestia o uniforme que a equipe lançou no dia anterior, em homenagem ao centenário, e fumava um cigarro. A sua habitual expressão emburrada só aparecia de vez em quando. O presidente aparenta ser mais "amoroso", como se definiu nesta entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.Net, desde que o governo de São Paulo e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) manifestaram interesse em utilizar o futuro estádio corintiano, em Itaquera, na abertura da Copa do Mundo de 2014.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
De braços cruzados, Sanchez aguarda governo e CBF para colocar estádio na Copa do Mundo
O governador Alberto Goldman e o prefeito Gilberto Kassab visitarão o terreno do Corinthians na Zona Leste de São Paulo na manhã de segunda-feira. Nem assim Sanchez mudou a sua postura em relação ao estádio do Corinthians. O presidente manteve a palavra de construir uma arena que comporte 48.000 torcedores - e não 65.000, conforme a Fifa exige para a abertura do Mundial. Mas, com um largo sorriso no rosto, avisou que está disposto a modificar o seu projeto para ganhar um "upgrade" como sede paulista da próxima Copa.
A conquista política do Corinthians não deixa de ser uma afronta ao São Paulo. Irritado com a diretoria do rival desde o Campeonato Paulista de 2009, quando recebeu uma carga inferior de ingressos para um clássico que terminou em tumulto no setor visitante, Sanchez fez a promessa de jamais voltar a alugar o Morumbi. Cumpriu. Na última sexta-feira, chegou a definir dessa maneira a sua prioridade como presidente corintiano: "Não deixar que tenha jogo da Copa do Mundo de 2014 no Morumbi".
Hoje bem relacionado com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Sanchez ganhou espaço como dirigente à sua maneira. Não concluiu o ensino fundamental. Sofreu quando morava na Espanha, na infância, e foi feirante do Ceasa na adolescência. Associou-se ao Corinthians, à torcida organizada Gaviões da Fiel e participou da fundação da Pavilhão Nove, criada para homenagear ex-detentos do Carandiru. Sempre com um cigarro na boca, ele se sente soberano no Parque São Jorge. "Vou continuar fumando aqui dentro. Na minha casa, mando eu!", avisou na semana retrasada, desrespeitando a lei estadual que proíbe fumar em ambientes fechados.
Andrés Sanchez deverá pitar os seus cigarros em outro lugar a partir de dezembro de 2011, quando deixará a presidência corintiana. Ele não quer que o anúncio da construção de um estádio para o Mundial seja o último grande feito do seu mandato. Já convenceu o atacante Ronaldo a permanecer no Parque São Jorge por mais uma temporada. Também pretende dar alicerce para que Adilson Batista comande a seleção brasileira no futuro. Vislumbra ainda uma nova reforma no estatuto do clube. E não parou de sonhar com o título da Copa Libertadores da América. Dessa forma, Sanchez acredita que o Corinthians irá se tornar o maior time de futebol do mundo antes mesmo de comemorar o segundo centenário.
domingo, 29 de agosto de 2010
CORINTHIANS ACIMA DE TUDO !!!!
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Fiel Torcida Valentim Gentil- by: Luiz-LHP
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