quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O sonho da Fiel - Empresa apresenta projeto para construção de estádio em Itaquera !

Construção do estádio próprio é um assunto que dá calafrios em Andres Sanches. O temor é histórico: o presidente não quer ser marcado como mais um que apresentou maquetes que não saíram do papel - são pelo menos 13 projetos fracassados ao longo dos 99 anos que o Corinthians completa hoje.

Por isso, uma nova proposta que está sobre a sua mesa é tratada com cautela e sigilo. O JT teve acesso aos detalhes e à tão temida maquete. Em duas recentes entrevistas, ao jornal espanhol Marca e à rádio Globo, o dirigente foi categórico: quer apresentar como será a casa corinthiana durante os festejos do centenário, que começam hoje e terminam daqui um ano.

O parceiro

A proposta foi apresentada há dois meses pelo Grupo Advento, conglomerado de quatro empresas do ramo de construção civil, infraestrutura e engenharia. O presidente é um argentino radicado no Brasil chamado Juan Quirós, ex-chefe da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) do governo Lula entre 2003 e 2007.

De volta ao setor privado, elaborou a estrutura comercial para a construção de um estádio de R$ 350 milhões com 60 mil lugares. Com bom trânsito no BNDES, já pleiteia linha de crédito - que não teria nada a ver com a que está sendo criada para a Copa 2014 - para adiantar R$ 150 milhões e iniciar a construção.

O restante seria pago com as vendas de camarotes e cativas. Para isso dar certo é preciso ter um clube por trás com grande torcida para adquirir esses produtos. Aí entra o Timão.

A obra seria erguida no terreno de Itaquera, onde hoje está o CT das categorias de base, que foi doado ao Corinthians nos anos 80 justamente para a construção de um estádio.

O arquiteto é Eduardo de Castro Mello, filho de Ícaro de Castro Mello, que projetou para Vicente Matheus, em 1980, um campo para 200 mil pessoas.

“Entregar o projeto para o Eduardo foi uma espécie de homenagem”, contou Edgar Ortiz, conselheiro corintiano favorável à obra em Itaquera.

O assunto é tratado sem alarde porque há uma corrente no Parque São Jorge contra firmar parcerias para a construção do estádio. Este grupo é capitaneado pelo diretor de marketing, Luís Paulo Rosenberg, a favor de reformar o Pacaembu e obter uma concessão da Prefeitura por 30 anos.

A proposta

O modelo apresentado a Sanches por Quirós é o de parceria por 10 anos. O Grupo Advento coloca todo o dinheiro para a construção, mas fica com as receitas das vendas dos 400 camarotes e das 20 mil cadeiras cativas. A estimativa da empresa é de que consiga recuperar o investimento em quatro anos.

Valores de bilheteria, lanchonetes e eventos além de jogos de futebol iriam quase na totalidade para o cofre corinthiano, mas somente depois dos 10 anos.

É uma maneira de fazer caixa e evitar problemas na administração do estádio, alegou Quirós. Mas é justamente o ponto que causa racha entre os diretores, que queriam receber este dinheiro assim que ele entrasse no caixa da empresa a ser criada para cuidar do “Fielzão.”

Na estimativa apresentada, em 2022 (a previsão é inaugurar o estádio em 2012) os corinthianos receberiam R$ 331 milhões.



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Fiel Torcida Valentim Gentil- by: Luiz-LHP