RAIO-X: confira uma análise completa dos times de Santos e Corinthians

santos e Corinthians já decidiram o Paulistão quatro vezes: 1955, 1962, 1968 e 1984. Em todas, o Peixe foi campeão. Mas, naquelas oportunidades não houve uma final propriamente dita, pois as edições foram disputadas em sistema de pontos corridos. Nos dois próximos domingos, os times começam a definir quem erguerá a taça deste ano. O Peixe chega às finais após passar pelo Palmeiras com duas vitórias nas semifinais. O Timão, que bateu o São Paulo também nos dois duelos, entra com a vantagem de poder ser campeão com dois resultados iguais, por ter melhor campanha que o rival. Por exemplo, em caso de dois empates por 0 a 0, a equipe do Parque São Jorge levantará a taça.

Goleiro

Fábio Costa é o capitão do time e ídolo da torcida. Apesar da falha grotesca na segunda semifinal contra o Palmeiras, no Palestra Itália, não perdeu moral. Costuma aparecer bem em decisões. É bom debaixo das traves, mas tem dificuldade para jogar com os pés e na reposição de bola.

Felipe já não é mais o ídolo da Fiel, como foi em 2007, na disputa da Série B, mas mostrou que evoluiu bastante. Trocou as defesas acrobáticas por lances de mais segurança e aprimorou a saída de gol. Entretanto, em sua única final pelo Timão, cometeu um erro que custou o título da Copa do Brasil em 2008, contra o Sport, na Ilha do Retiro, no ano passado. Vantagem: Ninguém

As laterais são os pontos fracos do Santos. Luizinho, pela direita, e Triguinho, pela esquerda, não inspiram muita confiança na marcação. Já a dupla de zaga, formada por Fabão e Fabiano Eller, cresceu nos últimos jogos. Os dois volantes titulares, Roberto Brum e Rodrigo Souto não poderão disputar o primeiro jogo contra o Corinthians (Brum está suspenso, e Souto, machucado, só volta a jogar em um mês). Com isso, os dois jogadores de meio-campo especialistas em marcação serão Pará e Germano, que, por serem reservas, ainda sofrem com a desconfiança dos torcedores.

O Corinthians tem a defesa menos vazada do Paulistão, com apenas 16 gols sofridos. O entrosamento de Chicão, artilheiro do time no torneio, com sete gols, e William colaborou para isso, mas as bolas alçadas na área ainda são um tormento. Pelas laterais, Alessandro subiu de produção, enquanto André Santos é uma das fortes armas ofensivas, porém, ainda sofre para marcar. Os volantes Cristian e Elias são muito bons na defesa e também sabem sair jogando. Vantagem: Corinthians

Sistema ofensivo

Neymar é jovem, mas tem personalidade

É o ponto forte da equipe da Vila Belmiro. Conta com jogadores velozes, como Madson, Paulo Henrique e Neymar, e com a pontaria certeira de Kléber Pereira, que voltou a fazer gols nesta reta final. Em vários momentos dos jogos, o time até se expõe demais em sua defesa, tamanho é o seu ímpeto ofensivo.

A presença de Ronaldo resume o poder de ataque alvinegro. Foram seis gols em oito partidas com a camisa alvinegra. Sem Dentinho, suspenso para o primeiro jogo, Jorge Henrique será o companheiro do Fenômeno. Em alta com o treinador, ele tem como principal característica as jogadas pelas pontas. O ex-botafoguense foi chamado de “perfeito” pelo treinador por sua função tática, já que também costuma voltar ao meio-campo para ajudar na marcação. Morais e Douglas serão os responsáveis pela armação das jogadas, mas nenhum dos dois vive grande fase. Vantagem: Ninguém

Banco de reservas


Ainda não é o banco dos sonhos de Vágner Mancini, mas o treinador tem conseguido manter o padrão mesmo perdendo jogadores importantes: destaque para o polivalente Pará e para o volante Germano. Sempre que entram, dão conta do recado. Mas, como ambos serão titulares neste domingo, pois Rodrigo Souto e Roberto Brum estão fora, as opções de Mancini ficam muito reduzidas. Na frente, Roni é a aposta caso o time esteja encontrando dificuldades para fazer gols.

A zaga é o grande problema entre os reservas do Corinthians. Jean pouco fez até o momento, enquanto Diego ainda é bastante jovem. No meio e ataque, Mano está bem servido, principalmente pelas presenças de Morais e Souza, que seriam titulares em boa parte dos times do país. Porém, o centroavante tem sido frequentemente vaiado pela torcida. Neste domingo, o meia começará jogando porque Dentinho está suspenso. Vantagem: Corinthians

Técnico

Vágner Mancini tem o mérito de ter recuperado o moral do time, que estava muito abalado. Fixou um esquema tático com três jogadores rápidos no meio e acertou a marcação da equipe, que derrotou o Palmeiras, apontado como favorito, nas duas semifinais.

Mano Menezes teve o mérito de fazer a equipe crescer no momento exato. Apesar de invicto na primeira fase, o Timão não vinha fazendo bons jogos, mas teve duas grandes apresentações e venceu as semifinais contra o São Paulo. Vantagem: Ninguém

Fatores extras

O Santos não poderá contar com o volante Rodrigo Souto, que, machucado, não joga mais pelo Paulistão. Além disso, o time da Vila Belmiro tem quatro titulares pendurados: Fábio Costa, Eller, Fabão e Madson. Embora seja um time cujos destaques são garotos - Neymar, Madson e Paulo Henrique - o Peixe conta com jogadores acostumados a decidir: Fábio Costa, Fabão, Fabiano Eller e Kléber Pereira. No primeiro jogo, tem a seu favor o fato de jogar em casa, com quase toda a torcida a seu favor.

O Corinthians perdeu o atacante Dentinho para este domingo. O jogador recebeu o terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão. O Timão, aliás, anda preocupado com as advertências. O zagueiro Chicão e os atacantes Jorge Henrique e Ronaldo estão pendurados. O alçapão da Vila também preocupa. Vantagem: Santos

Principal jogada


O Santos aposta muito nos contra-ataques em velocidade puxados por Paulo Henrique e Neymar, que se posiciona pela esquerda, corta pelo meio e abre a zaga adversária, para as entradas de Madson, Kléber Pereira ou algum meia que venha de trás.


Jogando fora de casa, o Corinthians vai abusar do contra-ataque para surpreender o Santos. Douglas e Elias saem em velocidade pelo meio, com Morais pela esquerda, Jorge Henrique pela direita e Ronaldo pelo meio, aguardando o momento certo para receber o lançamento nas costas dos zagueiros. Vantagem: Ninguém